NFTs: segurança, exclusividade e renda

Tecnologia já utilizada por algumas corretoras de câmbio como meio para realizar remessas digitais de forma muito mais segura, o blockchain veio para ficar e uma prova disso é o novo, revolucionário e milionário mercado dos NFTs.

Sigla em inglês que significa non-fungible token (token não-fungível), o NFT é uma espécie de selo de propriedade digital para identificar e vender itens virtuais, transformando, por exemplo, memes, cards, tuites e imagens em investimentos negociáveis via blockchain.

De maneira bem resumida, os blockchains são banco de dados públicos que podem ser atualizados e compartilhados em rede. O sistema permite rastrear o envio e recebimento de informações pela internet, como transações financeiras, utilizando códigos criptografados que se conectam em espécies de blocos digitais que formam uma corrente.

Dessa engenhosidade vem a segurança dos processos realizados através dele, como a compra e venda de NFTs, que já estão sendo chamados de cripto-arte, uma alusão às criptomoedas.

Ao contrário dos Bitcoins, que são tokens fungíveis, isto é, podem ser substituídos por outro de igual valor, os NFTs são tokens de propriedades únicas, valendo como prova de autenticidade e servindo como um certificado de bem digital inviolável.

Como tudo pode ser facilmente copiado e reproduzido no mundo digital, esse é o seu grande diferencial, pois, ao adquirir um NFT, isso significa que você possui algo que ninguém poderá reivindicá-lo. Mesmo que a maioria dos bens transformados em NFTs sejam apenas virtuais, o seu maior valor é o da exclusividade, e isso é o que os tornam competitivos.

Embora sejam negociados em mercados virtuais específicos, a maioria dos NFTs são emitidos na Ethereum, plataforma que utiliza uma tecnologia blockchain diferente do Bitcoin e que funciona como meio de troca ao possuir sua própria criptomoeda, o ether (ETH). As negociações de NFTs são sempre feitas em moedas digitais.

Ao comprar um NFT, o investidor gera um registro de posse na blockchain, que garante que o arquivo original da obra pertence a ele. Ao vender um NFT, é gerada uma comissão para o criador/detentor da obra e para a plataforma onde a venda ocorreu.

Só para se ter uma ideia dos números que circulam nesse mercado promissor, apenas um Criptopunk, figura digital colecionável com personagem humano ou animal, foi vendido, em janeiro de 2021, por 650 ETH, o equivalente a US$ 1,24 milhões.

Já uma foto de uma garota com ar malicioso em frente a uma casa em chamas, que virou meme em 2005, foi vendida em um leilão online por R$ 2,7 milhões. Já é possível, até mesmo, negociar um tuite que tenha viralizado por milhões de dólares.

Os NFTs criaram uma nova realidade para quem milita no ambiente digital e lida com a criatividade, mas, como qualquer ativo, podem ter suas oscilações de vendas.

O importante é ter em mente é que, na prática, eles representam um selo de propriedade digital e, como tal, não devem ser considerados ativos especulativos. Seu valor baseia-se na criatividade, popularidade e exclusividade. Por esse motivo, é um investimento nada conservador, mas ideal para quem gosta de investir sem intermediadores financeiros.

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